Implantes Dentários

A perda dentária não resulta apenas em um espaço na sua arcada, mas também na perda de autoestima, perda da estética do sorriso e redução do potencial da sua mastigação.

Um único dente perdido pode resultar em uma grande alteração em toda sua arcada caso não seja substituído. Isso ocorre porque após a perda dentária, os dentes vizinhos caminham para o espaço vazio, alterando todo o encaixe dos dentes. Este processo é lento e resulta em uma alteração no posicionamento dos dentes ao longo dos anos. O novo encaixe formado na arcada será menos eficiente do que o anterior e o espaço do dente perdido não será totalmente fechado, predispondo ao acúmulo de alimentos e consequentemente cárie dentária ou problemas gengivais.

Além disso, os dentes e a mastigação estimulam os ossos maxilares a manterem seus volumes. Uma vez que um dente é perdido, o estímulo que normalmente é transmitido pelas raízes dentárias é removido e o osso é gradualmente perdido. Com o tempo, alterações estéticas podem acontecer, todas elas normalmente relacionadas à perda de volume facial e envelhecimento precoce. Quanto maior a perda dentária maior será a alteração facial.

Considerado como um dos maiores passos evolutivos da odontologia, o implante dentário atual é o resultado de anos de pesquisa para se chegar a um material ideal que substituísse a raiz dentária. O maior desenvolvimento foi a descoberta de que o titânio era o melhor metal para estes “pinos”, o único que proporciona união química direta com o osso, resultando no fenômeno chamado de osteointegração.

Atualmente, a engenharia moderna desenvolve cada vez mais a texturização da superfície e o formato ideal dos implantes para que permitam uma cicatrização mais previsível e integração mais rápida e segura ao osso.

Vantagens do Implante:

• Os implantes são considerados seguros e previsíveis como meio de substituição de dentes perdidos. É considerado o padrão ouro da reabilitação oral.
• Os implantes são a única forma de tratamento que mantêm o osso de suporte dos maxilares, prevenindo o processo de envelhecimento facial precoce.
• Os implantes dentários são considerados como o tratamento mais conservador pois não necessita de desgaste em torno dos dentes saudáveis como as pontes (PPF) precisam.
• Os implantes são mais duradouros à longo prazo por não sobrecarregarem os dentes vizinhos e por dividir melhor a carga mastigatória com os demais dentes.
• Os implantes são fixos e não causam irritação aos tecidos vizinhos como as próteses móveis. Por isso, também dão maior estabilidade e segurança à mastigação.

Ao contrário do que se imagina, o implante não é um componente único. O implante em sí nem mesmo é visualizado na boca do paciente. O que é visualizado é a coroa protética que instalada por cima deste pino.

1 – Coroa Protética – esta é a estrutura que realmente é visualizada no sorriso.

2 – Componente protético – Liga o implante dentário à coroa de porcelana, passando através da gengiva.

3 – Implante dentário – Este é um modelo de implante utilizado atualmente. É fabricado em titânio, que permite a união do implante ao osso, processo conhecido como osseointegração .

O implante unitário é atualmente considerado a melhor opção quando apenas um dente é perdido. Pode ser realizado para restaurar um dente importante para o sorriso ou um dente posterior, importante para a mastigação.

Os implantes instalados na região estética do sorriso são os mais desafiadores. Esta região é considerada a mais crítica. Qualquer alteração de cor na coroa dentária ou qualquer alteração gengival poderá ser notada e comprometerá o resultado, podendo passar a noção de dente falso.

O objetivo principal é que o implante dentário e sua coroa tenham a aparência idêntica ao dente vizinho. Dentes naturais são associados a saúde, jovialidade e estética. Para isso, detalhes da técnica são fundamentais.

Os seguintes cuidados devem ser tomados:

• Implante milimetricamente bem posicionado
• Enxertos ósseos quando necessários para preservar ou recuperar o volume ósseo
• Enxertos de tecido conjuntivo para recuperar o volume gengival ou prevenir retrações gengivais futuras.
• Coroa provisória com o formato que favoreça a anatomia da gengiva
• Prótese definitiva (coroa protética) com a cor e translucidez perfeitas e iguais aos dentes vizinhos – As coroas sem metal (Metal-free) são superiores.

O implante imediato é aquele que é instalado no mesmo tempo da extração dentária. Isso pode ser realizado quando o dente já está condenado por algum motivo e existe osso suficiente para ancoragem do implante.

É uma excelente opção pois previne as alterações ósseas e gengivais que normalmente se iniciam logo após a extração dentária, trazendo um resultado mais natural rápido. O implante imediato evita também problemas sociais ou psicológicos associados a perda dentária.

Para resultados mais garantidos e previsíveis à longo prazo, associado ao implante imediato normalmente são utilizadas mais duas técnicas:

• Enxertia óssea nos espaços que não foram preenchidos pelo implante dentário
• Enxerto conjuntivo

Estudos já demonstraram que a utilização destes enxertos previne qualquer alteração óssea ou gengival que possam comprometer a estética a longo prazo.

A perda de diversos dentes consecutivos é comum. Nesta situação, existem duas alternativas para tratamento.

Na primeira opção cada dente é substituído por um implante e uma coroa individual.

Na segunda opção, alguns implantes são colocados para substituição de diversas coroas dentárias. Assim, menos implantes são instalados e uma fileira de dentes é fixada a eles.

É importante discutir com o seu dentista as vantagens e desvantagens de cada opção.

As próteses tipo protocolo são uma alternativa maravilhosa e altamente gratificante para pacientes que já usam dentadura há algum tempo. Estes pacientes já experimentaram as grandes desvantagens de uma dentadura móvel. Normalmente se incomodam com a mobilidade e a dificuldade mastigatória. Também se incomodam com a perda de paladar pelo acrílico que recobre o céu da boca.

Também é um tratamento interessante para aqueles que apresentam dentes em péssimo estado e que necessitam ser substituídos.

A técnica de preservação alveolar é usada quando um dente está em uma péssima condição e deverá ser extraído. Neste caso, o dente está mole e não existe mais quase nenhum osso de suporte. Assim, o implante não pode ser instado devido a falta de osso disponível.

A técnica consiste na inserção de enxerto ósseo no alvéolo (cavidade do dente extraído) com o objetivo de preparar o osso para a futura instalação do implante. A cavidade e o enxerto normalmente são protegidos por alguma membrana instalada.

Esta técnica evita que a gengiva se retraía após a remoção do dente resultando em um problema estético e uma situação muito mais complicada de ser resolvida.

Acima dos dentes de trás, na arcada superior, existe uma grande cavidade conhecida como seio maxilar. Esta cavidade se comunica com o nariz e é conhecida pela sinusite, inflamação bastante comum na população em geral.

Quando um dente é perdido nesta região, o osso de suporte é gradualmente perdido e o seio maxilar pode se expandir para a região que antes continha o dente.

Para a instalação de implantes dentários, é necessário uma altura e espessura mínima de osso que pode não haver caso o dente tenha sido perdido há muito tempo.

O levantamento de seio é uma técnica de enxertia onde o osso abaixo da membrana do seio é recuperado permitindo que os implantes sejam realizados com segurança.

Levantamento com instalação imediata de implantes
Em casos onde o osso residual apresenta pelo menos 4mm de altura, a instalação de implantes pode ser realizada simultaneamente ao levantamento de seio. Desta forma, os implantes em parte são ancorados no osso residual e parte são mantidas junto ao osso enxertado, que vai consolidar ao longo dos próximos meses.

Levantamento sem instalação imediata de implantes
Em casos críticos, onde muito pouco osso residual existe, os implantes não podem ser instalados no mesmo momento do levantamento de seio. Desta forma, o procedimento é realizado e os implantes são instalados 5 a 6 meses depois, momento no qual o enxerto já foi incorporado.

Em casos de perdas alveolares moderadas, o implante dentário pode ser instalado. Ele é travado no osso residual, mas uma parte pode ficar para fora do osso. A reconstrução óssea é realizada por cima do implante exposto recuperando o volume ósseo simultaneamente à instalação do implante. Na grande maioria dos casos, os enxertos ósseos são realizados desta forma.

Em casos onde o dente já foi perdido há muito tempo, pode ocorrer uma perda óssea crítica o suficiente para impedir a instalação do implante no mesmo momento da enxertia. Nesta situação, será necessário a realização do enxerto ósseo em um primeiro momento e depois a instalação do implante 6 meses depois, momento no qual o enxerto ósseo já foi totalmente incorporado pelo organismo.

Nós usamos a técnica de regeneração óssea guiada onde uma membrana protege o enxerto ósseo utilizado. Fatores de crescimento naturais (PRF) são extraídos do sangue do paciente e também são utilizados para promover uma melhor cicatrização.

As reconstruções alveolares são realizadas para ganhar espessura ( reconstruções horizontais) e as vezes para ganhar também altura óssea perdida ( reconstruções verticais).

Nas reconstruções verticais, uma membrana especial é utilizada para manter a altura do enxerto inserido. Na Faciale, os materiais empregados nas reconstruções são de excelência em odontologia prezando pela segurança e maior sucesso nas enxertias.

Segue abaixo a relação dos materiais:

• Bioss – Enxerto ósseo
• Bioguide – Membrana de colágeno
• Citoplast – Utilizado em reconstruções alveolares tridimensionais

Reconstrução Horizontal

Reconstrução Vertical

Imagens extraídas do site: geistlich.com.br

O enxerto de tecido conjuntivo é uma técnica fundamental e utilizada atualmente por aqueles que se dedicam a excelência em implantodontia.

O objetivo é recuperar o volume do tecido gengival devolvendo a aparência natural do sorriso. O enxerto de tecido conjuntivo reestabelece a transição natural entre a gengiva e a coroa dentária simulando a emersão natural do dente.

A aparência não-natural de dentes “flutuando” sobre uma gengiva mais fina que a coroa dentária era comum no passado, mas pode ser prevenida atualmente com este tipo de enxerto.

O tecido conjuntivo normalmente é removido da porção mais interna do palato (céu da boca). O tecido mais superficial do palato é mantido e suturado.

Este tecido é então transplantado para região onde se deseja aumentar o volume gengival o prevenir retrações gengivais.

O PRF – Plaquetas Ricas em Fibrina – é uma nova alternativa biológica para melhorar a cicatrização óssea e gengival nas reconstruções teciduais. Consiste em um concentrado de fatores de crescimento que são extraídos do sangue do próprio paciente no início da cirurgia.

O sangue coletado é inserido em uma centrífuga especial para produção deste composto, que será então unido ao enxerto ósseo auxiliando na incorporação do enxerto e reparo tecidual.

Devido as características físicas e biológicas do PRF, vem sendo considerado uma das maiores evoluções atuais nas reconstruções teciduais.

A análise inicial envolve a avaliação do dente a ser substituído ou a área de ausência dentária. Importante avaliar se o dente a ser substituído se encontra em uma região importante para estética do sorriso ou não. Em regiões estéticas, o tratamento pode ser mais complexo para que o resultado fique o mais natural possível.

Importante também é a avaliação da dentição remanescente. Muitas vezes os dentes remanescentes podem estar mal posicionados ou podem estar com a estética comprometida. Os implantes dentários devem seguir a estética dos dentes remanescentes para que não pareça um dente artificial. Desta forma, em algumas situações o dentista pode propor algum tratamento na dentição remanescente com o objetivo de melhorar ainda mais o resultado final do implante e de todo o sorriso.

Após a avaliação inicial, modelos de gesso são normalmente realizados para o planejamento das futuras próteses.

Assim, poderá ser determinado a quantidade e o tamanho dos dentes necessários para o preenchimento de uma determinada área. Para casos de múltiplas perdas ou quando é desejável uma grande mudança estética, o enceramento dentário é necessário. Este auxilia no planejamento do tamanho, da altura e do posicionamento da futura coroa do dente. Somente a partir daí, poderá ser determinado onde o implante necessita ser instalado.

Após a aprovação do enceramento dentário e planejamento da prótese, uma duplicata do enceramento é feita para ser utilizada como guia. Este guia é usado na aquisição da tomografia computadorizada. O objetivo é demonstrar exatamente onde será o posicionamento ideal da coroa no futuro dente e verificar se existe também osso disponível nesta região.

Sem o guia, a tomografia apenas demonstra o volume ósseo mas não se sabe qual será o posicionamento ideal do implante e como está o volume ósseo nesta região em específico.

Este mesmo guia também será utilizado na cirurgia de instalação dos implantes para guiar o posicionamento ideal do implante.

A tomografia computadorizada é realizada utilizando-se o guia e o planejamento cirúrgico final é realizado. As dimensões ideais para cada implante são determinadas assim como a necessidade de enxertos ósseos.

Com o auxilio do guia cirúrgico, os implantes são instalados associando-se a enxertos ósseos ou não.

A cirurgia normalmente é realizada em consultório e tem a duração média de 30min a 2 horas. Na grande maioria das vezes, utilizamos a combinação de anestesia local com sedação oral para maior conforto do paciente.

A instalação das próteses provisórias pode ser realizada no momento da instalação dos implantes em um procedimento conhecido como carga imediata. Para isso, os implantes devem ter sido instalados em um osso de qualidade que permita um travamento adequado do implante.

Em algumas situações, as próteses provisórias são adiadas até a cicatrização do implante, caracterizada pela união do implante ao osso, fenômeno conhecido como osteointegração.

As próteses provisórias moldam a gengiva para recuperar a sua anatomia natural em um processo chamado de Condicionamento Gengival. Para isso, as provisórias são periodicamente ajustadas para pressionar os tecidos em algumas regiões e aliviar em outras.

A prótese dentária definitiva é a ultima etapa do tratamento. É instalada apenas quando os implantes já estão cicatrizados (osteointegrados) e a gengiva já foi condicionada.